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Discectomia endoscópica interlaminar (Interlaminar endoscopic lumbar disectomy)

Atualizado: 19 de nov. de 2021

O objetivo deste texto é explicar como é realizada a discectomia interlaminar - IELD.

A área que devemos ter como alvo é a borda infero-medial rostral da lâmina no nível que objetivamos operar. Após posicionar o paciente em prona, é feita a assepsia e antissepsia da pele e localizada a trajetória planejada com radioscopia, incisamos a pele e introduzimos o probe para palpação da estrutura alvo sob radioscopia. Na visão antero-posterior do Rx nos preocupamos em centrar o processo espinhoso no disco, sendo que nos níveis lombares superiores adicionamos 0-5 graus de cifose e nos inferiores 10 a 15 graus. Isto minimiza a necessidade de ressecção óssea. É também importante ajustar a trajetória para herniações discais migradas. Para herniações com migração caudal realizamos incisões mais rostrais, com abordagem na linha do disco. Quando há migração rostral do disco, realizamos incisão mais caudal. Colocamos então a cânula de trabalho com a face aberta voltada para medial e ressecamos o tecido mole (músculo e ligamentos com pinças pituitárias e bipolar. Então realizamos a facectomia medial parcial e visualizamos o ligamento amarelo, que, após aberto, nos permite a entrada no espaço epidural. Então identificamos a margem lateral das estruturas neurais, retraímos os elementos neurais com a cânula de trabalho e fragmento de disco exposto. Após isto, exploramos a falha no ânulo.

Para saber se a hérnia é apropriada para ser retirada pelo acesso interlaminar devemos fazer os seguintes questionamentos: Qual o tamanho da janela interlaminar? Estamos trabalhando em níveis lombares baixos? Há instabilidade ou escoliose grave? Há cirurgias prévias nos níveis? Há outros acessos mais adequados a doença deste paciente?

Quais são os desfios comuns no acesso interlaminar?

  1. Perder-se - sempre confirmar trajetória do endoscópio, orientação para evitar que isso ocorra.

  2. Descompressão óssea eficitente - para evitar isso começar brocando o limite infero-medial da lâmina e não começar no meio da lâmina. Todo trabalho ósseo é realizado ao longo da inserção do ligamento amarelo na lâmina.

  3. Retrair os elementos neurais: Sempre mobilizar os elementos neurais com dissector rombo e lembrar que os elementos neurais ficam presos no recesso lateral

  4. Falhas durais: realizar dissecção apropriada e visualização direta, atenção a estruturas fora do eixo do endoscópio e reparar com substituto de dura e selante de fibrina

  5. Hemostasia: hemostáticos com trombina, selante e coagulação bipolar


Dr Eloy Rusafa, CRM-SP: 119869 Neurocirurgião especialista em coluna pela USP Agende sua consulta online! Endereço: Rua Desembargador Eliseu Guilherme 200, Cj 601, Paraíso São Paulo- SP Marque sua consulta nos telefones: (11) 3051-2543 ou pelo WhatsApp: (11) 94120-6103


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