Como saber se tenho hérnia de disco cervical e quando é preciso operar
Atualizado: 17 de ago. de 2020
Para saber se há hérnia de disco cervical deve-se investigar a coluna com ressonância magnética e tomografia de coluna cervical. Esta último vê melhor as estruturas ósseas e portanto identifica doenças específicas da cervical como ossificação de ligamentos e hérnias calcificadas.
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A doença cervical do envelhecimento ou degenerativa é dividida em 3 síndromes: dor apenas no pescoço ou cervicalgia, dor no pescoço que vai pro braço ou cervicobraquialgia e compressão da medula espinhal pelos bicos de papagaio ou ossificações com comprometimento de sua função e reflexos exaltados e dificuldade de movimentação dos 4 membros.
A avaliação das imagens em conjunto com o quadro clínico do paciente é fundamental para indicação de cirurgia. Assim sendo a presença de compressão da medula com quadro clínico de mielopatia avaliada pelo médico é sempre indicação de cirurgia.
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A presença de cervicobraquialgia no entanto depende especificamente do tempo de tratamento clínico do paciente e a literatura cita em torno de 3 meses de tratamento clínico com dor intensa apesar das medicações para indicação de cirurgia. A alteração no exame de eletroneuromiografia é um dado importante para considerar cirurgia nestes pacientes.
Em pacientes apenas com dor cervical deve-se ter um cuidado redobrado para identificar uma compressão radicular como causadora do sintoma, pois é difícil detectar na eletroneuromiografia e a variabilidade grande de saída das raízes cervicais no inervação do membro superior pode mascarar um quadro de cervicalgia, quando na realidade é um quadro de cervicobraquialgia. Nestes casos a infiltração das facetas cervicais pode ter um papel importante no diagnóstico diferencial e deve sempre ser realizada, tendo um papel importante também no tratamento da dor.
A cervicalgia pura em geral não deve ser operada, a menos que haja uma deformidade associada.
Quadro clínicos de doença cervical sempre devem ser avaliados em consulta por todas as especificidades que têm e é importante não realizar um juízo prévio do próprio quadro sem consultar a impressão clínica do especialista em coluna.
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Dr. Eloy Rusafa Neto
Médico neurocirurgião